terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Kate World VI


Os encontros entre ambos eram cada vez mais frequentes, assim como a cumplicidade e os sentimentos eram crescentes. E num desses encontros, por entre os abraços que tanto davam surge o primeiro beijo do casal, após tantas investidas falhadas por parte de John. Para Kate foi o seu primeiro beijo, que sempre quis que fosse dado a alguém especial, e para sua alegria foi, pois John a cada dia que passava a surpreendia mais pela positiva. Após esse passo ambos ainda não sabiam se eram realmente, e finalmente namorados…pois a jovem estava a espera de um pedido formal.
Num dia de sol radiante, John leva Kate à praia, o ambiente envolvente era o ideal para um casal apaixonado e então John serviu-se disso para pedir o namoro a Kate. Fê-lo de forma subtil, enquanto ambos caminhavam a beira-mar de mãos dadas, ele afirma “Parecemos autênticos namorados, gostavas da ideia?” ao que a jovem responde timidamente “Sim”, e John conclui “Então a partir de hoje somos oficialmente namorados!”, pega na jovem ao colo e beija-a calorosamente.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Kate World V


Kate aproximou-se do rapaz, e mesmo tímidos, cumprimentaram-se com um abraço fraterno. O sentimento que os unia fazia com que parecesse que se conheciam há anos…
 Em direção ao cinema discutiam que filme iriam ver, e até essa simples conversa, serviu para que conseguissem descobrir mais semelhanças entre eles. Ambos gostavam de comédia romântica, e para sua sorte era o dia da estreia do filme “Os aparatos do amor” uma comédia romântica com uma excelente qualidade. O filme já ia a meio e sem notar ambos tinham as mãos entrelaçadas, como autênticos namorados, e na verdade estavam apaixonados como tal.
No ecrã lesse “The End” mas o casal queria eternizar aquele momento, pois sentiam uma felicidade imensa. A sala quase vazia e eles não tinham reação para se levantar, pois estavam bastante entretidos a se contemplarem um ao outro. Por fim Kate, ao olhar em seu redor apercebesse que é hora de ir embora, para além do mais já eram 19h da noite e a sua mãe não gosta que ela chegue tarde a casa.
Na despedida, repetiram o abraço que deram quando se cumprimentaram e por entre um “adorei a tua companhia nesta tarde” ficou combinado um próximo encontro.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Kate world IV


Depois de tantos dias, a jovem ganhou coragem para escrever uma mensagem ao seu recente amigo. Quando o rapaz recebeu a mensagem pulou de alegria, pode ter sido um simples “Olá, tudo bem?” mas para ele tinha bastante significado, pois ela morava diariamente em todos os seus sonhos. Com toda a vontade por se encontrar com Kate, John convida-a para uma ida ao cinema na tarde seguinte. Como ela tinha tarde livre, respondeu de imediato que sim.
Chegou o momento após horas em frente ao espelho a se embelezar, da menina sair de casa para se encontrar com a pessoa que lhe despoletava borboletas no estomago. Mal Kate chegou a porta do centro comercial, avistou ao longe John bastante irrequieto, a constantemente direcionar o seu olhar para o relógio que tinha no pulso. Estavam ambos nervosos!

sábado, 28 de dezembro de 2013

Kate world III

O rapaz um pouco corado deixou passar por entre os dentes, quase a medo um “Como te chamas? “, ainda mais envergonhada a jovem responde: “Sou a Kate, prazer! E tu?”. A timidez inicial foi se perdendo no meio de tantas perguntas e respostas, até que John pediu delicadamente a Kate o seu contacto para poderem, eventualmente, combinar um novo encontro, já que aquele encontro inesperado (tão desejado) fora não agradável. O momento de despedida estava a ser permanentemente adiado, até que a mãe da jovem lhe ligou preocupada com a demora, ouviu-se um até já e ambos seguiram o seu caminho. A verdade é que nem um, nem outro teve coragem de dizer que não se tinham esquecido um do outro desde aquele momento em que se viram.
Passou uma semana e nem uma mensagem chegara ao telemóvel um do outro, ambos ansiavam, mas John queria que partisse de Kate, já que as investidas foram praticamente todas dele, enquanto que  Kate, por não ser segura de si não tinha coragem de dar esse passo.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Kate world II


Passaram-se dois meses, mas a imagem um do outro que a memória lhes retinha, não se perdia no tempo. Ambos carregavam a esperança de um dia se virem a cruzar novamente.
John tentou várias vezes regressar à discoteca onde vira Kate, mas esta não tinha permissão por parte dos pais para sair à noite a não ser em dias de festam, por isso todas as tentativas não obtiveram resultado.
Felizmente o destinou lhes sorrio, e por mero acaso, numa tarde quando a jovem regressava a casa depois de uma dia de escola, fora atropelada pela bicicleta que o John guiava. O jovem ainda sem ver que aquela era a beldade que não lhe saí da cabeça, pediu desculpa descontroladamente. Quando levanta ligeiramente a cabeça e olha para o rosto de Kate, o seu coração aumentou ainda mais as pulsações depois do susto que lhe acontecera. De imediato confirmou se ela estava bem, para seu alívio daquele embate não resultou qualquer lesão mas sim um enorme pretexto para que estes se conhecessem melhor.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Kate world I


Em pleno Inverno Kate, uma jovem de 18 anos, estatura média, cabelos negros que lhe alcançavam o meio das costas, olhos cor de esperança, pele branquinha e os lábios bem delineados…uma autêntica manequim, passeava pelas ruas de Lisboa. Todos que por ela passem nunca lhe darão 18 anos, não só pelo aspeto físico, mas também pela convicção que transmite no seu olhar e pela forma como que se desloca.
Na verdade, Kate tem uma maturidade acima da média em comparação com as pessoas da sua idade. Como ela carrega uma boa dose de mistério, ninguém consegue encontrar uma boa justificação para tal mas com certeza haja uma boa razão.
Kate, mesmo que tão jovem, já não acreditara no amor, o seu coração estava destroçado devido a John, um rapaz quatro anos mais velho que ela. Tinham-se conhecido numa noite de festa, quando Kate tinha apenas 15 anos. Foi quase amor à primeira vista, ao ponto de ela ainda hoje ter bastante presente o momento em que se cruzaram pela primeira vez. Ele avistara-a ao longe e de imediato se perdeu nos seus encantos. John andou a noite inteira a criar coragem para transformar aquela comunicação visual, entre ambos, em verbal, mas quando finalmente ganhou coragem a menina já tinha ido embora.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Dia de Natal

Hoje é dia de natal, e como tal tenho pouco tempo para preparar esta publicação, por isso, vou vos falar um pouco do meu natal.
Na noite anterior, toda a minha família dormiu em casa da minha avó, com o intuito de abrirmos as prendas de manhã cedo. As horas de sono foram muito poucas, porque quisemos aproveitar todos os minutos do serão da noite, em frente à lareirinha.
Como de costume vou passar o dia na casa de uma tia, em família. Sinto-me feliz, porque é quase o único dia em que tenho a minha família reunida e descontraída. Todos alinham em jogar o famoso bingo, em cantar karaoke e contam acontecimentos que se passaram. É nestes momentos que a nossa união é fortalecida.
Como boa portuguesa adoro saborear as iguarias natalícias, principalmente os doces. Para o almoço temos duas escolhas: cabrito e bifes enrolados, eu normalmente escolho a segunda opção. De seguida para sobremesa posso escolher pão-de-ló de Ovar, rabanadas, bilharacos, barriga de freira, entre outros. Como devem calcular é difícil ter uma dieta equilibrada nesta refeição.
Mesmo tendo um dia tão feliz, pode parecer cliché mas não me consigo esquecer de todas as pessoas que estão sós, internadas ou até mesmo a trabalhar neste dia que nos trás ao de cima o nosso lado mais sentimental.

Contudo, sinto que o espirito natalício deveria prevalecer por todo o ano.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Felicidade


Muitas vezes dou por mim a questionar, o que é a felicidade? E de seguida deparo-me com a frustração de não conseguir encontrar uma definição concreta. Da minha (curta) experiencia de vida, atrevo-me a afirmar que não existe a felicidade plena, porque esta é feita de momentos. Pois para mim, a felicidade é um estado em que estamos em paz, sem perturbações, em que um acontecimento nos proporciona sentimentos positivos e de bem-estar. Isso é impossível, no dia-a-dia existem sempre situações que nos tiram o bem-estar, ou na escola, ou no trabalho, ou entre amigos e família e até mesmo no trânsito.
Mas ao invés do que afirmei antes, encontrei uma exceção, porque enquanto somos crianças conseguimos ser plenamente felizes, devido ao facto de ainda não termos a consciência da realidade nua e crua. À medida que vamos crescendo, essa ideia de que o mundo é um conto de fadas vai sendo destruída devido a situações adversas da vida. Porque vamos perdendo entre queridos, temos que tomar decisões complicadas sozinhos e começam a surgir frustrações de objetivos que não conseguimos atingir depois de tanto lutar, de derrotas injustas onde julgávamos que devíamos ganhar.
Isto tudo faz-nos ver a vida com menos felicidade, sendo que esta volta a surgir quando temos momentos alegres, e os objetivos são alcançados, e em várias circunstâncias que a própria vida nos proporciona.
O desafio é mesmo viver para ser feliz, fazer das lutas um prazer (pois estamos a lutar para atingir uma meta), das perdas uma lição e conseguir gerir todos os sentimentos negativos que nos consomem. Fazer o que nos dá prazer sem ultrapassar limites.
Vamos todos tentar ser felizes.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Greenchris


Já que estamos em época natalícia, mais uma vez vou fazer uma publicação relativa a esta quadra. Vou ser uma árvore de natal.
Boas, sou a árvore de natal Greenchris, sou verde e habito na casa do senhor Barack Obama (como devem calcular, sei em primeira mão de todos os acontecimentos que ocorrem nos Estados Unidos). Grande parte do meu ano é passado com fita-cola em torno de mim, para assim ficar mais magrinha, guardada na escuridão dentro de uma caixa fechada num armário do sótão. Se é um pouco triste? É, mas sei que quando chega a meio de Novembro as filhas do Sr. Presidente me vêm buscar, tiram a fita-cola em torno de mim, e ao som de músicas natalícias, me carregam com todas aquelas bolas que parecem brincos, enrolam-me com aquelas fitas parolas e as luzes coloridas (mas bem, sempre é melhor que fita-cola), para ajudar à festa põem-me uma estrela na cabeça que varia todos os anos, a deste ano é em especial bastante pesada. E nos meus pés tenho pessoas de barro, dispostas de uma forma ponderada como reza a tradição.
 Na noite de natal todos me contemplam, aí sou finalmente feliz pois consigo me rir das conversas que estão a ser tidas à mesa, e sentir o aconchego familiar de uma família que não tenho. Os humanos esquecem-se que também tenho sentimentos, e isso é uma magoa. Que não posso ir ao Shopping, à praia, ao campo, ao cinema...porque simplesmente tive a infelicidade de nascer com esta função.
Definitivamente preferia ser um ser humano.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Heroina


Hoje vou vos falar de uma ideia hipotética: Se tivesse que inventar uma nova heroína para entrar num próximo filme de Hollywood como seria? Bem não é difícil responder à questão, pois só terei que transmitir por palavras a essência da minha mãe pois é lutadora, amável, corajosa, é capaz de largar tudo por quem gosta e mesmo por quem não lhe diz nada, ultrapassa os limites da própria coragem para auxiliar quem precisa.
Mas juntamente com estas características, acrescentava um meio de transporte ainda mais rápido que o avião com o nome de “fasty”, que poderia andar tanto na estrada como no céu. Com design bastante feminino. Assim, poderia se deslocar com bastante rapidez, com vista a ser quase omnipresente.
Atuaria em todos os que mais necessitam, implementaria a paz no mundo, acabaria com o desemprego, e implementava mais justiça em muitas decisões (politicas, por exemplo).
Era ótimo não era? Mas não é completamente impossível se todos nós tentarmos ajudar o próximo, formos justos e honestos. Vamos todos tentar ser um herói/heroina!

sábado, 21 de dezembro de 2013

Carnaval!


Na publicação anterior falei sobre a festa central da minha cidade, Ovar, o CARNAVAL! É dele que hoje vou escrever. Posso dizer que o carnaval está para Ovar, como o S. João está para a cidade do Porto!
O nosso carnaval é bastante completo porque engloba as típicas noitadas (a que trás mais pessoas à cidade é a de segunda feira de carnaval para terça feira, conhecido por muitos como “Noite Mágica”) com música e bebida à descrição. E o desfile carnavalesco de grande qualidade de sábado à noite, domingo e terça.
No desfile podemos assistir a 4 escolas de samba (da qual faço parte de uma delas), 6 grupos de passerelle, 14 grupos carnavalescos. Em que estes últimos têm a função de animar a assistência.
Nesta cidade os preparativos para o carnaval iniciam-se muito antes da data do mesmo, daí ser vivido com bastante intensidade por todos os participantes. O ambiente de união e entre ajuda é fantástico. Todos queremos que esteja tudo perfeito no dia do desfile.
Entre os diversos grupos de carnaval existem rivalidades saudáveis que apimentam a competição. Pois, os desfiles estão a ser visionados por júris destacados pela organização de carnaval, que atribuem o primeiro lugar, segundo, terceiro e assim consecutivamente. Para os vencedores é uma alegria!
Quando esta época acaba todos os foliões vareiros sentem um vazio, porque por uns tempos não vão ter aquele corre-corre a que o carnaval obriga.  
Adoro o meu carnaval!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Amanhã chega o Inverno!


Para ser sincera sou uma apreciadora nata do Verão, não há estação do ano mais fascinante! Nela sinto-me livre pois raramente me tenho de preocupar se levo guarda-chuva quando saiu de casa ou não, nem se levo este agasalho ou aquele. Para além do mais é a altura em que vou de férias para uma das minhas regiões favoritas: Algarve, é a diversão total!
Na primavera, já se faz sentir uns raios de sol, as arvores e as flores estão um sonho. E eu que tenho raízes de trás os montes costumo apreciar as amendoeiras em flor. Mas não estou aqui para falar destas estações do ano…
O Inverno transmite-me tristeza. Dias fechados em casa a estudar (não é que seja mau, saber não ocupa lugar, mas…), falta de liberdade pois ora queremos ir fazer uma corrida e nos entretantos começa a chover, ou porque estamos atolados de roupa e mal nos conseguimos mover. Até mesmo o convívio entre amigos é menos eminente porque as pessoas preferem estar nas suas próprias casas por vários motivos: as doenças frequentes nesta estação, como constipações, gripes, amigdalites e outras mais que não me ocorre neste momento. E também porque sabe melhor estar em frente à lareira do que ir para a rua apanhar frio.
Não é que seja tudo mau, porque tem o Natal que aprecio, às vezes o carnaval que é a festa central da minha cidade, e aqueles domingos de pijama no aconchego do sofá enquanto chove lá fora.
Contudo, atrevo-me a dizer volta verão, estás perdoado!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Eu, Pai Natal! Parte III


Dia 24 de Dezembro, 21h e 15 min, lá fora estão menos dez graus Celcius, e a neve não para de dar um ar da sua graça, para além de estar uma ventania descomunal. Prevê-se uma longa e difícil viagem, mas a vontade que me move anula qualquer adversidade com que me depararei no caminho.
Está todo a postos… vamos lá dar inicio à viagem, rena voadora. O orfanato do José, de nome “casa do afeto” situa-se em St Petersburgo, temos muitos km por percorrer, mas certamente chegaremos lá antes da meia-noite.
No caminho ultrapassamos várias tempestades, e eu quase congelei. Mas, era meia-noite menos um quarto e já avistava um edifício com as paredes cobertas de tijolos, janelas altas, portões grandes, chaminé estreita de alumínio e um pequeno jardim com todo o tipo de brinquedos. Gritei num tom alucinante “CHEGAMOS! CHEGAMOS!”, pois aquele edifício era o destino pretendido, o orfanato.
Após ultrapassar o primeiro desafio, avizinha-se o próximo, como entrar sorrateiramente na casa do afeto, na medida em que estava tudo bem vedado para manter a segurança de todas as crianças, e a chaminé é tão estreita que nem a ponta do meu dedo mindinho lá consegue entrar.
 Nos entretantos avistei uma janela, nas traseiras da casa aberta, avancei o muro e lá consegui entrar. Aquela janela dava para a cozinha, ao entrar assustei a Dona Juvelina, a cozinheira de serviço. Mal me avistou teve uma quebra de tensão, pois eu nunca me mostrei a ninguém, aliás escolho sempre as horas em que as criancinhas estão a dormir para entregar as prendas.  
Após a senhora vir a si expliquei a situação que me levava lá e perguntei pelo José, ao que ela me respondeu: “Ele já se fora deitar, é um menino muito solitário, que necessita de muita atenção. Nós aqui com mais de 100 crianças não conseguimos-lhe dar esse carinho”, em seguida, atenciosamente pedi para me encaminhar até ao quarto do menino.
Confesso estava nervoso, abri a porta com cuidado e deparo-me com um menino mulato, magrinho, deitado na cama de barriga para baixo com uma foto de um casal (detetei logo que eram os pais) com o rosto coberto em lágrimas. Tão absorvido na fotografia nem deu pela minha entrada, sentei-me na beira da cama e deixei pronunciar, quase que a medo um “Olá José”. O menino olhou para mim, saltou da cama e abraçou-me como nunca ninguém me tinha abraçado antes, esse foi o melhor agradecimento que poderia ter tido!
Entre varias conversas, falamos da foto que ele observara, eram os seus pais que tinham perdido a vida num acidente à poucos meses atrás, e foi isso que o levou até lá. Claro que não consegui substituir a falta que aqueles dois seres tão importantes lhe faziam, mas sei que o tempo que passamos juntos lhe afastou essa dor.
Depois de tanta brincadeira, já o José dormia. Levantei-me e regressei a casa com o coração cheio.
Nos restantes natais, jamais vou oferecer bens materiais, pois não a nada mais importante que um abraço. Este foi o melhor natal da minha vida!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Eu, Pai Natal! Parte II


Sentado na minha cadeira, mesmo em frente à lareira acolhedora, limitei-me a pensar naquele presente tão especial…e, eu próprio me apercebi que não estou habituado a transmitir afeto, pois a forma que arranjei para o fazer em todos os natais foi através de bens materiais.
Ups, deu as doze badaladas do dia 20 de Dezembro de 2020, a noite de natal está prestes a chegar, e eu ainda sem encontrar uma solução. Será que vou mesmo eu passar a noite de natal com o José? Mas bem, logo naquela noite que tenho o mundo inteiro para percorrer
na minha rena voadora. Ou peço ao meu amigo Matata, que tem apenas um metro e trinta, cabelo loiro cor de ouro, os olhos grandes cor do céu, a pele branca como a neve, veste um macacão verde e vermelho, e bem… calça sempre uns sapatos especiais que lhe dão a capacidade de voar (ótimo para se deslocar rapidamente), para facilitar ainda mais a minha decisão é simpático, divertido e um tanto ao quanto ternurento. Esta segunda hipótese, parece ser a melhor opção! Mas na verdade não me satisfaz, pois assim não tenho a sensação de dever cumprido.
Ora então, algo está decidido, vai ter que ser uma tarefa minha, portanto, tem que haver alterações neste natal.
Nenhuma criança terá um bem material como presente, mas sim uma carta escrita por mim, enviada por correio, a relatar este acontecimento (a carta do José). Assim, todas as crianças vão ver a realidade nua e crua e perder nem que seja 1% do consumismo que há em si. Sei que a minha decisão vai ser um choque para todos, mas a longo prazo será uma mais-valia nas suas vidas. Há que dar mais valor ao natal como a família toda reunida, os abraços, os jogos entre primos e as longas conversas que já não se davam há muito.
É dia 24 de Dezembro, estou pronto a sair de casa, como será o meu encontro com o José?

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Eu, Pai Natal! Parte I



Para mim, o pai natal é a imagem central das recordações desta época festiva na minha infância. Como estamos em vésperas desta quadra, senti uma vontade enorme de o ser por uns dias!
Ora bem, cá estou eu na minha casa de madeira, com a lareirinha acesa, cheio de laços, papéis de embrulho, prendas por todo lado e cartas infinitas de todas as criancinhas por ler. Em meu redor um cheiro a canela característico dos doces da minha época laboral “OH OH OH”.
Feitas as encomendas mais urgentes para o dia de hoje, decidi continuar a ler as listas
intermináveis das criancinhas e selecionar de entre todos os pedidos aqueles que estão ao meu alcance. Quando me deparo com uma carta de um menino chamado José, de 8 anos (pela morada percebi que morava num orfanato) que dizia o seguinte: “ Querido pai natal, sinto-me muito sozinho. A prenda que te pedia era a tua companhia na noite de natal! Beijinhos, José”. As lágrimas de imediato me escorreram pela face, pois em tantos anos desta função nunca tinha recebido uma carta tão pequena, mas tão intensa...satisfazer este pedido é o meu desafio para este natal! Será que vou conseguir?
Continua no próximo post…

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Paraíso


Muitas vezes dou por mim a imaginar o que seria viver no paraíso. Sim, no paraíso…um lugar cheio de sol, com cheiro a flores e a maresia, rodeado de bons amigos e um ótimo ambiente, estradas sem trânsito e carros que se movimentam sozinhos, supermercados onde tudo se “comprasse” com um abraço (sem termos de gastar dinheiro), onde todos os seres vivos respirassem saúde e as pessoas que amamos durassem eternamente, local onde não há lugar para obrigações a não ser o necessário para manter as condições básicas de subsistência.
Mas, logo de seguida me questiono “ será que isso me tornaria mais feliz? “, pois bem, na vida só há vitoria quando conhecemos o sabor de uma derrota, só há alegria quando já tivemos contacto com a tristeza, e só há paz quando já nos deparamos com uma guerra (nem que seja interior). Se tudo fosse fácil, a vida era monótona e certamente tudo o que hoje consideramos bom se tornava banal. Por isso, prefiro pensar que já vivo no paraíso, pois, por muitos momentos duros que possa sentir, consigo na volta saborear os raios de sol, o cheiro a flores e a maresia, sentir o calor que os bons amigos transmitem e um bom ambiente em meu redor. E perceber que todas as obrigações nos tornam melhores e dão outro sabor à vida, o alucinante desafio. O essencial é encontrar capacidade de descobrir o nosso paraíso no meio de todo o “inferno”. Vamos ser felizes!

domingo, 15 de dezembro de 2013

A minha defenição


No âmbito de dar asas à minha criatividade foi-me proposta a criação deste blog. Para dar a conhecer um pouco mais de mim vou citar tudo aquilo de que gosto e que não gosto tendo em conta as iniciais do meu nome. Gosto de Música, Amigos, Rir, Intensidade (nos sentimentos), Amor (família) e o mais importante de ser feliz. Por outro lado não gosto de Maldade, Arrogância, Rancor (nas pessoas), Insensibilidade, Antipatia. Acho que a palavra que mais me define é determinação, porque tenho em mente tudo aquilo que pretendo atingir e é essa força que me move e me faz lutar diariamente para diminuir a distância que falta até ao objetivo ser cumprido. 
Creio que vou adorar esta experiência... mesmo que nunca me tenha passado pela cabeça antes a criação de um blog. Vou tentar partilhar com todos vocês as minhas ideias e experiencias enriquecedoras. Fiquem atentos ao próximo post!