quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Eu, Pai Natal! Parte II


Sentado na minha cadeira, mesmo em frente à lareira acolhedora, limitei-me a pensar naquele presente tão especial…e, eu próprio me apercebi que não estou habituado a transmitir afeto, pois a forma que arranjei para o fazer em todos os natais foi através de bens materiais.
Ups, deu as doze badaladas do dia 20 de Dezembro de 2020, a noite de natal está prestes a chegar, e eu ainda sem encontrar uma solução. Será que vou mesmo eu passar a noite de natal com o José? Mas bem, logo naquela noite que tenho o mundo inteiro para percorrer
na minha rena voadora. Ou peço ao meu amigo Matata, que tem apenas um metro e trinta, cabelo loiro cor de ouro, os olhos grandes cor do céu, a pele branca como a neve, veste um macacão verde e vermelho, e bem… calça sempre uns sapatos especiais que lhe dão a capacidade de voar (ótimo para se deslocar rapidamente), para facilitar ainda mais a minha decisão é simpático, divertido e um tanto ao quanto ternurento. Esta segunda hipótese, parece ser a melhor opção! Mas na verdade não me satisfaz, pois assim não tenho a sensação de dever cumprido.
Ora então, algo está decidido, vai ter que ser uma tarefa minha, portanto, tem que haver alterações neste natal.
Nenhuma criança terá um bem material como presente, mas sim uma carta escrita por mim, enviada por correio, a relatar este acontecimento (a carta do José). Assim, todas as crianças vão ver a realidade nua e crua e perder nem que seja 1% do consumismo que há em si. Sei que a minha decisão vai ser um choque para todos, mas a longo prazo será uma mais-valia nas suas vidas. Há que dar mais valor ao natal como a família toda reunida, os abraços, os jogos entre primos e as longas conversas que já não se davam há muito.
É dia 24 de Dezembro, estou pronto a sair de casa, como será o meu encontro com o José?

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